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Manutenção e Gestão de Ativos como função estratégica dos negócios

Sabemos que não é de hoje que o corpo humano começou a ser estudado. Achados arqueológicos das civilizações mais antigas, como o Antigo Egito e suas técnicas de embalsamamento e mumificação, a cultura helênica com suas telas e esculturas representando a figura humana. Sejam no aspecto racional e tangível ou subjetivo, a história nos aponta o fascínio e curiosidade que o ser humano tem sobre o seu próprio corpo, sobre si mesmo.

Mas onde queremos chegar com tudo isso? É que assim como o corpo humano, um organismo vivo, pode ser caracterizado como cabeça, tronco e membros, assim também pode ser caracterizado um Setor de Manutenção. Assim como a mente planeja e o corpo com seus membros executam, da mesma forma acontece na manutenção. 

Além disso, vale frisar que para o corpo, nenhum membro é menos importante do que o outro, cada um possui seu papel, sua função para o funcionamento do todo. Já pensou se nossos braços, mãos e dedos não correspondem aos comandos emitidos pelo nosso cérebro? Seria mais complicado escrever este texto, realizar tarefas simples como escovar os dentes, comer, brincar com os filhos, etc. 

Por isso, hoje vamos falar sobre aqueles que fazem acontecer, os mantenedores técnicos, ajudantes e auxiliares. Quem põe a mão na massa para a manutenção acontecer no chão de fábrica.

Chão de fábrica é um jargão utilizado para descrever onde o valor acontece. Uma linha de produção de biscoitos, um pátio onde é transportado mercadorias, sucatas, a manutenção da piscina do hotel que você se hospeda, etc. Os locais mais diversos onde são feitos os produtos que serão posteriormente comercializados ou onde uma atividade importante é realizada. Falar sobre chão de fábrica é falar sobre ação, execução. De nada, absolutamente nada, adianta criar planejamentos, planilhas, checklists, padrões, quadros de gestão e outras ferramentas sem antes conhecer e entender o que acontece no nível operacional, e conseguimos isso quando olhamos para quem executa, quem faz acontecer. Ter um planejamento e execução alinhados é um dos grandes desafios dos setores de manutenção atualmente.

Antes de tudo precisamos entender que manutenção começa nas pessoas e sim, não é uma tarefa nada fácil por se tratar de um contexto bastante tecnicista. É comum encontrar profissionais que ocupam cargos de gestão em que simplesmente “desenham” algo em suas mentes e querem que aconteça exatamente da maneira em que pensaram. É preciso conhecer a sua equipe. Estão todos capacitados para executar as atividades? Eles dispõem das ferramentas e materiais? Estou comunicando com clareza, a minha linguagem está alinhada? O local de trabalho onde acontecem as intervenções e reparos é adequado, oferece algum risco? Como está a saúde mental da equipe de execução? São perguntas aparentemente simples mas poderosas que vão trazer benefícios significativos para o negócio.

Muito mais que apenas delegar, as lideranças das equipes de manutenção precisam estar atentas aos seus executantes, esse esforço não é fácil e precisa ser multidisciplinar, cooperativo. Um setor de manutenção não só eficiente, mas também eficaz é aquele que entende a importância de quem faz acontecer, os mantenedores. É entender que sem eles não faz sentido planejamento, programação, confiabilidade ou algum indicador considerado importante.